Em Busca da Cura

A primeira coisa que um paciente costuma perguntar na primeira sessão de terapia é:

“Doutor, quando eu vou ficar curado?”

Realmente é o que nós, os psicólogos, ouvimos sempre quando somos envolvidos nesta pergunta sublime recheada de expectativas que borbulham como “lava incandescente” vindas de um vulcão interno das dúvidas que burilam no íntimo do ser, gerando muita ansiedade vinda de vocês. Acreditem! A palavra “cura” é a nossa meta, sim senhor! Mas é também uma espécie de vocábulo proibido, pois nos remete para uma atmosfera de silêncio e tabus criados na medicina convencional ou se preferir, alopática.

Você poderia estar se questionando agora mesmo: “Como assim?” – E eu diria que você deve observar as drogas vendidas nas farmácias, pois representam diversos tipos de sedativos químicos que atuam de forma temporária sobre a dor que pode retornar após concluir o seu período de ação cíclica no organismo humano. Ainda que sejam anti-inflamatórios, antibióticos ou antidepressivos, não representam a cura efetiva de coisa alguma, mas são tratamentos paliativos para melhorar apenas o bem estar do indivíduo que sofre de alguma moléstia enquanto a cura de fato não ocorre ou não é manifestada através do próprio corpo que, de fato, é quem ganha um tempo valioso para conseguir reagir através do poderoso e natural sistema imunológico, responsável pela tal cura que não chega ou demora muito, tornando os tratamentos desacreditados pela população, pois o que eles ouvem com mais frequência é a palavra: “Esta doença é incurável !”

Mas acredite em mim, não é um discurso contra a medicina alopática que estamos fazendo aqui e agora, pois ela tem o seu valor e a devida importância na hora certa. Considerando as cirurgias pontuais que tiveram grandes avanços, as vacinas que nos libertaram de contrair tantas doenças ruins e sem falar do conhecimento empírico do corpo como nunca houve na história da humanidade, o saldo é positivo. No entanto, o problema é que as drogas trazem consigo um pacote de efeitos colaterais que não ajudam muito nesse processo da busca pela cura real, pois geram outros problemas para tentar resolver apenas um. É exatamente por isto que as pessoas doentes continuam indo e vindo infinitamente aos consultórios sem resolver o seu problema original, que por outro lado tende a se agravar ainda mais com outros probleminhas vindos da alimentação artificial, por exemplo: Glutamato monossódico, cloreto de sódio, óleo de soja, açúcares, adoçantes e a lista é bem longa, viu? Quero dizer que temos aqui um outro assunto controverso bem complexo e cultural para variar na conquista dessa famigerada cura. Desde que a desnutrição funcional surgiu com força total nos últimos cem anos, produzindo no mundo todo aquilo que chamamos de “produtos alimentícios” ou comida artificial, aquela que não alimenta ninguém de verdade e ainda vicia propositalmente os incautos consumidores através do “sabor gostoso”, aumenta cronicamente a tal “doença incurável” no mundo, como já abordamos alguma linhas atrás. A desnutrição funcional é um monstro que dificulta a perda de peso, deixa as pessoas mais propensas à centenas de doenças, infecções e obviamente, enfraquecendo mais e mais um sistema imune já fragilizado por um estilo de vida adoecido nas suas bases.

Mas a economia mundial deseja apenas ter consumidores fidelizados, saudáveis ou não, não importa! Desde que as vendas desses produtos em larga escala não caiam. Com esta lógica, surgem os doentes da ignorância, vem a tona o novo estilo de vida que mata mas pode gerar bilhões de dólares na bolsa de valores, explodindo com as estatísticas que não param de crescer sobre mais pessoas adoecidas cronicamente e pressionando todo sistema de saúde em qualquer país do planeta e todos estão a beira de um colapso, ironicamente, dessa vez é a economia que morde o seu próprio rabo com milhões de doentes sem cobertura assistencial adequada, todos os dias, a cada minuto e a cada segundo, como numa produção em série de enfermos e as suas enfermidades, é por esta razão que chamamos este imbróglio da “indústria da doença” aquela que não enxerga seres humanos, mas produtos ou matéria-prima da exploração.

E o paciente? Quando chega desesperado no consultório de psicologia em busca da sua cura perdida? Não tem ele o direito de perguntar e suplicar pela sua libertação? Não tem ele o direito de sonhar com a sua carta de alforria? Qual é o escravo que não sonha com a sua liberdade, sem compreender o verdadeiro motivo do seu padecimento, pois tudo que eles ouvem são justificativas para a sua condição infeliz, sem considerar a existência dos poderosos senhores feudais ou barões do café modernos que ainda contabilizam os seus cofres lotados à qualquer custo, enquanto a massa desvalida paga o preço amargo dessa mentalidade perversa, da segregação da informação falsa, aquela que não liberta e nos torna cativos e, por isto mesmo, não pode curar coisa alguma.

Nós psicólogos, não podemos oferecer uma cura milagrosa, pois ela não existe como algo que vai cair do céu, mas podemos acolher a dor daqueles que buscam a cura que nunca chegou até eles. É tarefa do psicólogo trabalhar a compaixão, abrir um espaço de escuta desta dor guardada no fundo do peito, na perda incompreensível, no abandono das suas demandas que em última instância, poderá significar na cura da sua mente cansada de sofrer. Ele só precisa ser ouvido para começar a ter uma libertação ou cura sim, por quê não? Mesmo que as doenças continuem sendo infinitamente lucrativas para os poderosos que enchem os bolsos de dinheiro, não significa que compactuamos com este desserviço a saúde pública e a humanidade.

Dr. Marcos Calmon

Psicólogo Clínico

CRP 32.619 / 05

WhatsApp: (21) 98675-4720

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