Como psicólogo há 19 anos, eu aprendi muito sobre a importância da oração com os meus pacientes vivendo os seus sofrimentos pessoais. Apesar do ateísmo ser muito comum na ciência ortodoxa, a psicologia compreende que é um tema delicado, mas que atravessa a raça humana e as mais diversas disciplinas científicas, especialmente, dentro do nosso universo da Saúde Mental.
Realmente, não me importa saber qual é a sua a religião ou se o seu nível de espiritualidade é enorme, pois até os ateus rezam quando a dor é grande e os bons psicólogos sabem muito bem que a oração é uma ferramenta poderosa para o enfrentamento desses sofrimentos humanos com os seus desafios que lhes são peculiares. A oração cria sinergia com o processo da psicoterapia quando tudo parece estar dando errado, pois ela ajuda no fortalecimento do seu estado emocional e vibracional, fragilizado na interação entre os indivíduos mais próximos, é quando a oração tem um poder maior ao criar novas possibilidades, te ajudando a enxergar um mundo diferente chamado “amor”. A oração não é para ser compreendida aqui na sua essência religiosa, mas precisamos entender que esta prática te abre um espaço para poder respirar num “psico-ambiente” claustrofóbico, oxigenando com o frescor das coisas mágicas que damos o nome de esperança, empatia e solidariedade. Elas nos permitem enxergar a dor do outro que, provavelmente, está vivendo sofrimentos muito maiores do que os nossos e isto é sublime!
Outro ponto importante, é que a oração cria uma mudança no paradigma existencial do sujeito, isto é, gera uma reflexão sobre algo incompreensível aos nossos cinco sentidos e que está acima das possibilidades humanas, é algo fabuloso! Revela processos internos que são projetados para o sujeito com sede de infinito ao te alavancar para um nível mais alto de abertura, saciando o seu vazio inexplicável e acalmando a sua mente conturbada com essas questões sobre o infinito, seja lá o que for isto!
Se bem orientada, a oração cria elos fortes como pontes para uma busca divina que pode ter muitos nomes, mas o que nos importa aqui, é saber que isto lhe abrirá os portais da sua mente para uma fina conexão mental com os seus semelhantes que estão vivendo as mesmas idiossincrasias na busca de si mesmo. Com isto ele vai fazendo novas jornadas de vivências psíquicas que transcendem os aspectos meramente materiais que, não raro, ele já percebeu serem insuficientes para lhe acalmar no âmago dessas indagações mais profundas.
Sim! A Psicologia sabe de tudo isto e já vem estudando este campo há muito tempo, especulando a compreensão séria de inúmeras formas de orações que ajudam os pacientes na diminuição das suas ansiedades e principalmente, nas suas angústias por infinito, criando novas possibilidades e redirecionamentos para a vida de quem sofre e se encontra perdido neste labirinto interior.
É nesta direção que muitos acabam encontrando um propósito maior para as suas vidas orando ou meditando na direção do autoconhecimento. Realmente, ainda é um princípio desconhecido para a ciência humana que está engatinhando e ainda está muito longe de ter todas as respostas para todas as coisas, aliás, sabemos que esta meta jamais será alcançada!
No entanto, quem nunca questionou o sentido da vida? Quem nunca buscou as respostas certas para aquelas situações difíceis que estamos vivendo no aqui-e-agora?
O ser humano sempre buscou encontrar o sentido e o propósito para a sua vida no silencio das noites estreladas. A oração sincera pode ser um belo encontro com você mesmo, resolvendo ou não os seus problemas imediatistas. Um fato irrefutável é que a oração verdadeira realizada com fé, sozinho ou acompanhado, abre as portas da esperança com o frescor terapêutico daquela conversa franca que há muito tempo você não tinha com o seu Deus interno, isto por si só, já seria um grande milagre! Tenha fé nas minhas palavras!
