Estamos vivendo um tempo repleto de transformações emocionais

Estamos vivendo um tempo repleto de transformações emocionais e, muitas dessas crises, estão se apresentando sem um sentido maior aparente, é comum que conceitos como religião e espiritualidade estejam confusos e se misturem na sua cabeça sem fazer muito sentido, embora tudo isto esteja correlacionado entre religião e espiritualidade, mas entenda que não são sinônimos!

Sabemos que a palavra religião, teve a sua origem no latim “religio“, que significa “respeito, reverência” ou “obrigação, escrúpulo”, derivada do verbo “relegere“, que significa “reler, voltar a ler, examinar de novo” e em última instância, se refere a uma estrutura organizada, com doutrinas, ritos e normas coletivas criadas por seres humanos em tempos imemoriais ou não, enquanto a palavra espiritualidade se origina do latim “spiritualis“, que por sua vez deriva da palavra grega “pneuma“, que significa “espírito” ou “sopro“. É um entendimento que proporciona uma vivência mais íntima de conexão consigo mesmo ou com algo maior, talvez você possa chamar esta ideia de Deus, universo ou quem sabe, compreender como uma mensagem vinda da sua própria consciência te convidando para uma experiência mais transcendental.

Carl Jung afirmava que “a religião é uma defesa contra a experiência espiritual“, sugerindo que a espiritualidade autêntica pode ser mais intensa e transformadora do que os meros rituais impostos e até superficiais. Enquanto o médico e psicólogo austríaco, Viktor Frankl (1905/1997), por sua vez, enxergava a espiritualidade como “uma dimensão mais profunda do ser humano”, e não necessariamente, como algo ligado à uma religião formal.

Do ponto de vista psicológico, a religião pode até te oferecer uma segurança existencial ou uma noção de pertencimento social, mas também pode carregar a sua existência com um forte sentimento de culpa ou inúmeros medos, especialmente quando se torna algo muito rígido e fundamentalista. A espiritualidade, ao contrário, pode ativar o self, favorecendo o autoconhecimento, a aceitação e a busca pelo sentido real da vida com mais resiliência e liberdade de pensamento transcendental.

Estudos em neurociência, como aqueles observado pelo neurocientista contemporâneo, norte-americano, Dr. Andrew Newberg, revelaram que as práticas espirituais individuais, tais como meditação e oração contemplativa, ativavam áreas cerebrais muito ligadas à empatia e ao bem-estar emocional do praticante assíduo.

Entretanto, os pacientes abordaram os consultórios de psicologia com uma espécie de “anemia espiritual”, isto é, frequentando cultos e missas, sem sentir autenticidade nas suas mentes com essas experiências que estavam vivendo, se fazendo necessário trabalhar mais o sentido do invisível nas sessões com este tipo de demanda. Outras pessoas são capazes de descobrir uma espiritualidade espontânea no luto, na dor ou no silêncio das suas casas e isto lhes ajudavam a encontrar algum sentido maior. Obviamente, que o papel do psicólogo não seria escolher nenhum desses caminhos para o paciente, mas ajudar o indivíduo neste labirinto a reencontrar a sua essência perdida, seja dentro ou fora das religiões disponíveis na nossa sociedade, e olha que estamos falando em cerca de 10 mil religiões diferentes em todo o mundo, segundo a Universidade de Michigan (EUA).

Para você entender melhor esta singela abordagem, é como se a religião fosse um mapa e a espiritualidade fosse  uma espécie de caminho trilhado com os seus próprios pés, mas uma coisa não invalida a outra, apenas fortalece a sua liberdade interior de escolher o que é melhor para a sua experiência subjetiva.

É como declamava o poeta persa Rumi (1207/1273): “Há mil maneiras de se curvar e beijar o chão.” E você? Já encontrou a sua maneira?  Será que você já foi capaz de se curvar diante desses mistérios tão antigos? Ou será que você ainda está levantando mais a sua cabeça para beijar o teto sem nunca conseguir? – Coisas de poetas!

Dr. Marcos Calmon

Psicólogo Clínico

CRP 32.619 / 05

WhatsApp: (21) 98675-4720

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Dr. Marcos Calmon

“Sou um arquiteto de mentes, comprometido com a sua transformação profunda e duradoura através da Psicologia Moderna”.

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