Como o vazio existencial pode entrar em erupção à qualquer momento.

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Há poucos dias, o mundo se espantou com a triste notícia da jovem brasileira que morreu ao cair na cratera de um vulcão ativo na Indonésia. A tragédia virou manchete, gerou cliques e comoção digital. Mas, como tudo que não é verdadeiramente sentido, passa na mídia e, a pergunta que ficou no ar é:

– O que essa história mostrou sobre cada um de nós ao revelar o nosso vazio existencial em segundo plano? Vamos examinar isto mais profundamente agora.

No enredo da vida, muitos percorrem trilhas semelhantes à dessa jovem. Tudo começa com o impulso de “viver intensamente”, fugir da mesmice e encontrar algo maior. A ideia de escalar um vulcão é algo realmente ousado e belo, mas perigoso demais! A busca por adrenalina se assemelha ao desejo de fugir do vazio existencial e romper com a rotina experimentando algum tipo de liberdade extrema. Afinal de contas, quem nunca quis se desligar do mundo e se encontrar num cenário grandioso e transformador?

De alguma forma, cada um de nós já vez isto em maior ou menor escala na vida. Talvez quando fizemos aquela trilha mais difícil ou aceleramos demais o veículo na estrada, pulamos de parapente com um guia, nos aventuramos na tirolesa, entramos na montanha russa radical, sei lá! Apenas pare e pense quando foi que você viveu o seu momento radical lá atrás antes de julgar a nossa mochileira.

O maior problema é que a vida, tal como o vulcão, não faz acordos com o nosso entusiasmo em busca de novas experiências. Em meio à beleza da aventura paradisíaca, sempre surgem novos imprevistos. A jovem se perdeu do grupo e passou dias com fome, sede, dores, frio, e ninguém por perto. Assim também somos nós, quando nos perdemos da verdade e na maioria das vezes sem notar nada de errado. Entramos em labirintos emocionais, financeiros ou afetivos e o que era apenas busca autêntica, virou desespero total.

Sim! Aquela jovem de Niterói tentou sobreviver bravamente. Assim como tentamos, dia após dia, manter a nossa sanidade num mundo cada vez mais indiferente. Mas o abandono foi total! Nem os colegas de viagem, nem a estrutura pública da Indonésia, nem o alarde das redes sociais foram suficientes para salvá-la. Depois da queda, só restou o silêncio ensurdecedor do precipício. Isso nos aponta para um outro abismo: Estamos mesmo cercados por pessoas? Entretanto, estamos cada vez mais sós e assustados na multidão indiferente.

Após a sua morte, seguiram-se “posts“, lamentos virtuais e juízos apressados. Porém, basta apenas que o próximo escândalo surja na imprensa, para que a jovem seja novamente esquecida no mercado das notícias bombásticas. Assim também acontece conosco: São as nossas dores que têm um prazo de validade no mundo digital. Entenda que a sua dor só será levada a sério por quem realmente se importa com você e isso meus amigos, está cada vez mais raro de se encontrar.

Mas há um antídoto! O que essa tragédia nos ensinou, foi que não se trata apenas de evitar o vulcão, mas de aprender a se guiar com lucidez por trilhas instáveis e perigosas e se possível, evitá-las! Viver é se expor, eu sei! Porém, viver bem, exige consciência cuidando da sua mente. Ao menos tente escolher melhor os seus companheiros de jornada. Desenvolva presença interior. E, acima de tudo: Cultive vínculos reais, com quem ainda sabe ver você muito além da sua imagem externa e ouvir o verdadeiro significado do som das suas palavras.

No fim, talvez o verdadeiro precipício não seja cair dentro de um vulcão como aconteceu tragicamente com essa brasileira chamada Juliana Marins, 26 anos, publicitária, morrendo em terras distantes, mas quem sabe, estando por aqui mesmo com mais direção e conexão, ganharemos mais sentido para viver a nossa jornada que não será menos perigosa sem cautela.

 

Dr. Marcos Calmon

Psicólogo Clínico

CRP 32.619 / 05

WhatsApp: (21) 98675-4720

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Dr. Marcos Calmon

“Sou um arquiteto de mentes, comprometido com a sua transformação profunda e duradoura através da Psicologia Moderna”.

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